quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Albert Einstein sobre o dinheiro e as riquezas

Todas as riquezas do mundo , ainda mesmo nas mãos de um homem inteiramente devotado à idéia do progresso, jamais trarão o menor desenvolvimento moral para a Humanidade. Somente seres humanos excepcionais e irrepreensíveis suscitam idéias generosas e ações elevadas. Mas o dinheiro polui tudo e degrada sem piedade a pessoa humana. Não se pode comparar a generosidade de um Moisés, de um Jesus ou de um Gandhi com a generosidade de uma Fundação Carnegie qualquer.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O tempo e as jaboticabas


'Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver
daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela
menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela
chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir
quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos
para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem
para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir
estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões
de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo
majestoso cargo de secretário geral do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas
não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a
essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente
humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta
com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não
foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados,
e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse

amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.'

O essencial faz a vida valer a pena.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Conceito de Pecado

Nós, cristãos, temos o nosso próprio agrupamento de pecados "aceitáveis" e "inaceitáveis". Enquanto evitamos os pecados mais notórios, sentimo-nos muito bem a respeito de nosso status espiritual. O problema é que nossa compreensão dos pecados notórios continua mudando.
Maravilhosa Graça - Phillip Yancey

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A desunião necessária

Não entres na vereda dos perversos, 
nem sigas pelo caminho dos maus. ” 

Pv 4.14

O texto fala de caminho, de estilo de vida, da forma com que se procede no dia a dia. É sobre isso que Salomão instrui. É importante ressaltar que o caminho para a santidade não consiste em se afastar das pessoas que não professam fé em Cristo. Se assim fosse, Jesus teria incorrido no gravíssimo erro de comer e beber com pecadores (Mc 2.16). Além disso, foi ele mesmo quem rogou ao Pai: “Não peço que os tire do mundo, e sim que os guarde do mal” (Jo 17.15).

A lição de Provérbios é para evitar associação com as obras malignas. Isso significa não compactuar com o erro. Permanecer longe dos caminhos tortuosos. O Salmo 1 começa com essa advertência: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1.1). Muitas vezes é necessário abrir mão de alguns círculos de amizades a fim de preservar coisas mais valiosas, como a intimidade com Deus. Lembre-se do que diz Paulo em 1 Coríntios 15.33: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”.

ORE

Senhor, preciso ser luz do mundo e sal da terra. Preciso me envolver sem comprometer minhas convicções. Concede-me, pois, capacidade para influenciar, e não o contrário. Por Jesus. Amém.

Cada Dia

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aproveite o que é positivo

Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Bons conselhos

Em cada projeto que você for realizar, cerque-se de pessoas capazes e sábias que lhe ajudarã a encontrar o melhor caminho. A Bíblia no livro de provérbios 15:22 ensina que onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito.

A parábola da rã

“Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estrangeiro, e não os teus lábios.” Pv 27: 2

Quem não gosta de receber um elogio? O elogio é um instrumento poderoso para estimular a autoconfiança.

O problema é quando se vive movido por elogios, quando as atitudes só ganham importância no momento em que são reconhecidas e aplaudidas. Para alguns, é tão necessário que se auto-elogiam para mostrar aos outros o quanto são bons! Vou lhe contar a história da rã: Uma rã se perguntava como podia afastar-se do clima frio do inverno. Uns gansos lhe sugeriram que emigrasse com eles, mas o problema era que a rã não sabia voar. “Deixem-me pensar – disse a rã – tenho um cérebro esplêndido.”

Logo pediu a dois gansos, que a ajudaram a apanhar um galho forte, e cada um sustentando-o por uma extremidade. A rã pensava em segurar-se pela boca. Gansos e rã começaram a travessia e em pouco tempo passaram por uma aldeia, e os habitantes saíram para ver o inusitado espetáculo. Alguém perguntou: “De quem foi tão brilhante idéia?”. Assim, a rã se sentira tão orgulhosa e com tal sentimento de importância, que exclamou: “Foi minha”. Seu orgulho foi sua ruína, porque no momento que abriu a boca, se soltou do galho, e caiu no vazio e morreu.

Fonte: Cada Dia – Setembro 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CORAGEM PARA DOMINAR-SE

“Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade.” 
Pv 16.32

O herói de guerra, que domina uma cidade, não é tão importante, do ponto de vista de Deus, como aquele que domina seu espírito, exercendo ilimitada paciência. Dizia um antigo slogan de uma conhecida marca de pneus: “Potência não é nada sem controle”. Grandes líderes tiverem seus ministérios arruinados por um lapso momentâneo de descontrole e crentes sinceros estão envergonhando o evangelho por causa de sua intemperança. Agem de forma impensada, tomam decisões erradas e falam coisas na explosão da ira. Dessa forma, transformam suas igrejas, lares, salas de aula, ambientes de trabalho e relacionamentos afetivos numa verdadeira arena de guerra.

A expressão domínio próprio, também traduzida por continência, temperança ou autocontrole, é a junção de duas palavras gregas: “dentro de” e “força”. Ou seja, o domínio próprio é uma força interna oferecida pelo Espírito Santo capaz de governar todos os tipos de desejos ou paixões carnais. Uma pessoa que tem domínio próprio tem “o poder de conter-se a si mesma”.


Cada Dia de 10 de Setembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Poema em linha reta

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.


E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sou cinza e pó

"Jacó era trapaceiro, Pedro genioso, Davi foi infiel, Noé se embriagou, Jonas fugiu de Deus, Paulo era um assassino, Gideão estava inseguro, Marta estava angustiada, Tomé era incrédulo, Sara impaciente, Elias estava deprimido, Moisés gaguejava, Zaqueu era pequeno, Abraão era velho e Lázaro estava morto...

Você também não é perfeito, mas Deus pode agir através de você.

Este é o meu conflito... Sou cinza e pó, frágil e inconstante, um conjunto de reações comportamentais predeterminadas... crivado de temores, acossado de necessidades... o requinte do pó e ao pó retornarei...


Todavia, existe em mim algo mais... Posso ser pó, mas sou pó que se inquieta, pó que sonha, pó que tem entranhas, premonições de transfiguração, de uma glória por vir, de um destino preparado, de uma herança que um dia há de ser minha... Assim, minha vida se estende numa penosa dialética entre cinzas e glória, entre fraqueza e transfiguração. Eu sou um mistério para mim mesmo, um incômodo enigma... Sou essa estranha dualidade de pó e glória.

Richard Holloway

quinta-feira, 30 de junho de 2011

1ª NOITE CAIPIRA

Gideão e o exército de 300 homens.

Em certos momentos na vida parece que Deus quer nos destituir de tudo o que tem aspecto de capacidade pessoal para realizar projetos, para colocar a força dEle em nossa vida. Acredito que isso aconteça na vida daqueles que creem para podermos entender que os sonhos e projetos que se realizam em nós é dom de Deus e não acontece pela nossa força e capacidade.

Refleti isso hoje pela manhã ao ler a história de Gideão (Juízes capítulo 6 a 8), que ia guerrear contra os midianitas com um exercíto de 22.000 homens e que Deus realizou testes até que ficassem somente 300. E daí a poderosa ação de Deus se fez e venceram a batalha de maneira maravilhosa.

Se de repente algumas coisas estão sendo tiradas da sua vida, ou você tem passado por provações difíceis, esse pode ser o tempo que Deus está te preparando para a ação completa dEle. E que os desafios futuros não seja superados pela força da sua capacidade para que você se glorie, mas que você veja que a mão de Deus está com você.

terça-feira, 21 de junho de 2011

SOLSTÍCIO DE INVERNO


A luz gera um grande contraste com a escuridão. Aonde a luz chega a escuridão vai embora. A luz significa alegria, ela gera vida, traz calor, desvenda as coisas do mundo aos olhos. Enquanto a escuridão traz tristeza, geral solidão, traz o frio e esconde aquilo que deve ser visto.

O ano no Brasil começa em pleno verão, e janeiro aquele sol a pino o dia inteiro, traz alegria e motivação para realizarmos nossas atividades. Mas à medida que o ano vai passando, os dias vão ficando cada vez menores e as noites mais longas, mais longas... Até chegar o dia de hoje (21/06) solstício de inverno onde temos o menor dia do ano, ou seja, onde a luz vai incidir menos sobre nós.

O inverno de 2011 terá início durante o "solstício" no dia 21 de junho, terça feira, às 14 horas e 16 minutos, com a duração prevista de 93 dias, 15 horas e 49 minutos. O que é "solstício"? A palavra Solstício, deriva do latim, sol + sistere (solstitium), que significa parado, imobilizado e está associada à idéia de que o Sol estaria como que estacionário. Marca a época do ano em que o Sol, no seu movimento aparente na esfera celeste, atinge o máximo afastamento angular do Equador.

Enfim, apesar de gostar muito do inverno, espero que ele seja breve e que logo, logo chegue o verão de novo e os seus dias imensos, quase sem fim na minha imaginação.
Feliz inverno a todos!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A disposição de Calebe

Calebe tinha 40 anos quando foi enviado por Moisés para espiar a terra que seria conquistada no futuro. Ele olhou para aquela terra e disse que bastaria o povo de Deus entrar na terra e expulsar os invasores e assumir a herança do Senhor para o seu povo.

Acontece que as lutas e os desafios seriam muito grandes pois os invasores daquela terra eram povo forte e guerreiro. Mas Calebe acreditava que a força do Deus todo poderoso estava com o seu povo.

Passados 45 anos desse diagnóstico feito por Calebe, ou seja, com 85 anos, ele se senta com Josué e os dois são motivados a entrarem parte mais extrema da terra onde ainda não havia sido conquistado. E essas são as palavras de Calebe:

Pois bem, o Senhor manteve-me vivo, como prometeu. E foi há quarenta e cinco anos que ele disse isso a Moisés, quando Israel caminhava pelo deserto. Por isso aqui estou hoje, com oitenta e cinco anos de idade!

Ainda estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; tenho agora tanto vigor para ir à guerra como tinha naquela época.

Dê-me, pois, a região montanhosa que naquela ocasião o Senhor me prometeu. Na época, você ficou sabendo que os enaquins lá viviam com suas cidades grandes e fortificadas; mas, se o Senhor estiver comigo, eu os expulsarei de lá, como ele prometeu.

Então Josué abençoou Calebe, filho de Jefoné, e lhe deu Hebrom por herança.
Por isso, até hoje, Hebrom pertence aos descendentes de Calebe, filho do quenezeu Jefoné, pois ele foi inteiramente fiel ao Senhor, o Deus de Israel. Josué 14: 10 a 14.

O vigor e a perseverança de Calebe não se esvaíram com as dificuldades. Pelo contrário, seu ânimo e esperança permaneceram o mesmo com o passar dos anos. E a herança dele no Senhor ainda tinha que ser conquistada.

Nós somos desafiados a mantermos a nossa fé ao longo dos anos e o vigor da nossa força em meio aos desafios. Lute, enquanto tiver forças, caminhe, enquanto a sua alma for vigorosa, planeje, enquanto o seu raciocínio é pleno. O que Deus prometeu ainda está por ser conquistado e isso envolve suor, trabalho e dedicação e não é apenas um título para ser pendurado na parede, ou um bem para ser usufruído apenas para o seu gozo individual.

Quais são os sonhos de Deus para a sua vida?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Leve e momentânea

Muitas vezes achamos que as situações do tempo presente são difíceis e duras. Passamos por algumas injustiças e lutas, no entanto a nossa leve e momentânea tribulação produz naquele que confia em Deus um eterno peso de glória.

Medite nesse texto e nessa música do Resgate.

Pois tudo é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus.

Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia.

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória;

não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas. 2 Coríntios 4: 15 a 18


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Renovação da mente

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre foguetes e hábitos

Um foguete para sair da órbita da terra faz um enorme esforço para vencer a força gravitacional. Grande parte da sua energia e combustível é gasto nessa empreitada. Além do que o seu maior desgaste, devido ao atrito, acontece nesse período. Vencido essa barreira ele passa a viajar de maneira calma e tranquila ganhando a imensidão do infinito.

Nas nossas vidas é assim também. Para adquirir uma determinada habilidade ou hábito, como tocar um instrumento, ou dirigir um veículo, o início é desgastante e trazem um grande estresse, como dores na ponta dos dedos no primeiro caso e dores nas pernas no segundo. Mas a medida que conseguimos romper as dificuldades e medos iniciais, passamos a executar essas habilidades de maneira quase natural.

O mesmo acontece para nos desfazermos de certos hábitos e adquirirmos outros. O autor Stephen R. Covey diz que “romper com tendências profundamente arraigadas como as de procrastinar, criticar, ser impaciente e egoísta, tendências que violam princípios básicos da eficiência humana exigem muito mais do que um pouquinho de força de vontade e mudanças sutis em nossas vidas.” Demanda, pelo contrário, um esforço tremendo, mas assim que superamos as dificuldades iniciais, toda a liberdade assume um novo sentido.

Dessa forma, temos o desafio de mudar de dentro para fora, mudando o que é preciso dentro de nós para que as coisas se realizem no nosso exterior. Essa abordagem demonstra que as vitórias particulares precedem as vitórias públicas, que cumprir as promessas feitas a nós mesmo vem antes do cumprimento de promessas feitas a outros.

O nosso desafio é romper com os nossos limites e dificuldades a partir de hoje. Sabendo que fácil não será, mas se não o fizermos poderemos ficar apenas a margem das nossas vidas, não conseguindo atravessar para o outro lado.

Por Eliéser Ribeiro

Encorajamento

Quando vocês forem à guerra contra os seus inimigos e virem cavalos e carros, e um exército maior do que o seu, não tenham medo, pois o Senhor, o seu Deus, que os libertou, estará com vocês. Quando chegar a hora da batalha, o sacerdote virá à frente e dirá ao exército: “Ouça, ó Israel. Hoje vocês vão lutar contra os seus inimigos. Não desanimem nem tenham medo; não fiquem apavorados nem aterrorizados por causa deles, pois o Senhor, o seu Deus, os acompanhará e lutará por vocês contra os seus inimigos, para lhes dar a vitória”.

Deuteronômio 20:1 a 4

quinta-feira, 26 de maio de 2011

PARABÉNS A UM GRANDE AMIGO

Hoje por uma grata coincidência eu estava mexendo num CD jogando no canto do meu guarda-roupa e achei esse vídeo.
E com ele gostaria de homenagear o meu querido amigo André pelo seu aniversário.
Espero que o Eterno te dê muitos anos de alegria e graça para que vc ande sempre nos caminhos do Senhor.
Aprendi com você coisas muito especiais, como ver a vida sempre pelo lado bom, olhar a beleza das pessoas e não os defeitos.
Sua amizade aumenta a minha fé e a minha esperança em Cristo.
Amigo, você é especial para mim.

Parabéns e saudades




Dei pala de rir com o vídeo.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Canção óbvia


Escolhi a sombra desta árvore para repousar do muito que farei,

enquanto esperarei por ti.

Quem espera na pura espera vive um tempo de espera vã.

Por isto, enquanto te espero trabalharei os campos e conversarei com os homens

Suarei meu corpo, que o sol queimará;minhas mãos ficarão calejadas; meus pés aprenderão o mistério dos caminhos;meus ouvidos ouvirão mais,meus olhos verão o que antes não viam,enquanto esperarei por ti.

Não te esperarei na pura espera porque o meu tempo de espera é um tempo de que fazer.

Desconfiarei daqueles que virão dizer-me,:em voz baixa e precavidos:

É perigoso agir

É perigoso falar

É perigoso andar

É perigoso, esperar,

na forma em que esperas,

porquê êsses recusam a alegria de tua chegada.

Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me,com palavras fáceis, que já chegaste,

porque êsses, ao anunciar-te ingênuamente ,antes te denunciam.

Estarei preparando a tua chegada como o jardineiro prepara o jardim para a rosa que se abrirá na primavera.


Paulo Freire: (Recife, 19 de setembro de 1921São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. Autor de “Pedagogia do Oprimido”, um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.


Inspiração do blog da minha amiga, Aline Zeeberg: http://confissoesdepsicologa.wordpress.com/


Dinheiro, tecnologia e decadência.

Quando a tecnologia e o dinheiro tiverem conquistado o mundo; quando qualquer acontecimento em qualquer lugar e a qualquer tempo se tiver tornado acessível com rapidez; quando se puder assistir em tempo real a um atentado no ocidente e a um concerto sinfônico no oriente; quando tempo significar apenas rapidez online; quando o tempo, como história, houver desaparecido da existência de todos os povos, quando um esportista ou artista de mercado valer como grande homem de um povo; quando as cifras em milhões significarem triunfo, - então, justamente então – reviverão como fantasma as perguntas: para quê? Para onde? E agora? A decadência dos povos já terá ido tão longe, que quase não terão mais força de espírito para ver e avaliar a decadência simplesmente como... Decadência. Essa constatação nada tem a ver com pessimismo cultural, nem tampouco, com otimismo... O obscurecimento do mundo, a destruição da terra, a massificação do homem, a suspeita odiosa contra tudo que é criador e livre, já atingiu tais dimensões, que categorias tão pueris, como pessimismo e otimismo, já haverão de ter se tornado ridículas.

Autor: Martin Heidegger



Extraído de Provocações TV Cultura: http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/poemas?search=Quando+a+tecnologia+e+o+dinheiro...&by=title

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Radiografia do Brasil no Censo 2010 - parte II


O Brasil tem 190.755.799 habitantes. É o que constata a Sinopse do Censo Demográfico 2010, que contém os primeiros resultados definitivos do XII Recenseamento Geral do Brasil, divulgada nesta sexta-feira (29/4) pelo IBGE. Os dados mostram ainda que o país segue a tendência de envelhecimento, que para cada grupo de 100 mulheres há 96 homens e que há mais pessoas se declarando pretas e pardas.

Segundo o Censo 2010, atualmente, 24,1% da população brasileira é menor de 14 anos; em 1991, essa faixa etária representava 34,7% da população. Outro fenômeno verificado é o aumento contínuo da representatividade de idosos: 7,4% da população têm mais de 65 anos, contra 4,8% em 1991.

Já a taxa média anual de crescimento baixou de 1,64%, em 2000, para 1,17%, em 2010. Mesmo assim a população brasileira aumentou quase vinte vezes desde o primeiro recenseamento realizado no Brasil, em 1872, quando foram contados 9.930.478 habitantes. Outro dado aponta que as maiores taxas médias de crescimento anual de população foram observadas nas regiões Norte (2,09%) e Centro-Oeste (1,91%), seguidas das pelas regiões Nordeste (1,07%), Sudeste (1,05%) e Sul (0,87%).

De acordo com o IBGE, a média de moradores por domicílio caiu para 3,3; em 2000, a relação entre as pessoas moradoras nos domicílios particulares ocupados e o número de domicílios particulares ocupados era de 3,8. Esse comportamento persistiu tanto na área urbana quanto na área rural, diz o Instituto.

Distribuição por sexo – O levantamento aponta que há 96 homens para cada 100 mulheres no país, resultado em um excedente de 3.941.819 mulheres. Entretanto, nascem mais homens no Brasil: a cada 205 nascimentos, 105 são de homens. A diferença ocorre, segundo o IBGE, porque a taxa de mortalidade masculina é superior. Na relação por situação de domicílio, os homens são maioria no meio rural: 15.696.816 homens para 14.133.191 mulheres. Já no meio urbano, as mulheres seguem à frente, como na média nacional: são 83.215.618 para 77.710.174 homens.

Negros e pardos – Os dados trazem ainda a informação de que há mais pessoas se declarando pretas e pardas. Este grupo subiu para 43,1% e 7,6%, respectivamente, na década de 2000, enquanto, no censo anterior, era 38,4% e 6,2% do total da população brasileira. Já a população branca representava, em 2010, 47,7% do total; a população amarela (oriental) 1,1% e, a indígena, 0,4%.

Analfabetismo caiu – O Instituto aponta que houve melhora no índice de analfabetismo: hoje 9% da população brasileira não é alfabetizada; em 2000 eram 12,9%. Em números absolutos, 14,6 milhões de pessoas não sabem ler nem escrever, de um universo de 162 milhões de pessoas com mais de 10 anos.

Nos próximos meses, o IBGE divulgará novos dados do Censo de 2010 sobre a estrutura territorial do País, a malha dos setores censitários e novas informações sociais, econômicas, demográficas e domiciliares referentes aos dados do universo, conforme pode ser conferido no calendário de divulgações.

Retirado do Blog do Planalto: http://blog.planalto.gov.br/censo-2010-populacao-brasileira-esta-mais-velha-e-chega-a-190-755-799/

terça-feira, 17 de maio de 2011

Radiografia do Brasil no Censo 2010

Retirado do blog do Planalto.

No programa “Brasil em Pauta” desta terça-feira (17/5), o diretor-presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, avaliou que uma das grandes informações positivas levantadas pelo Censo 2010 é que o processo de expansão demográfica do Brasil já não está mais concentrado nas grandes cidades brasileiras – como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre – mas se estendendo por uma quantidade importante de cidades de médio porte em todo o país, o que traz mais oportunidades de emprego para a sociedade. Um exemplo disso é a cidade de Rio das Ostras, que do ano 2000 para o ano de 2010 triplicou sua população, e foi o município que mais cresceu em todo o país.

Por outro lado, Pereira Nunes avalia como negativo o fato de o Brasil ainda ter cerca de 16 milhões de pessoas que vivem em uma faixa de renda considerada de extrema pobreza. O diretor-presidente do IBGE afirmou que o primeiro passo em relação à população brasileira considerada de extrema pobreza foi exatamente a identificação de cidadãos nessas condições de vida. Segundo ele, as informações coletadas pelo IBGE foram repassadas ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que está avaliando os dados e elaborando um programa voltado para esse grupo.

Mas o diretor-presidente do IBGE revela que embora se esteja falando de 16 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, essa pobreza não é homogênea no Brasil, pois em cada lugar ela tem características diferentes: no Maranhão é de uma natureza, na periferia de São Paulo é de outra, em Brasília é de outra natureza. E o que o governo federal está fazendo – não o IBGE, ressalta – é analisar as características socioeconômicas de cada um dos grandes grupos (analfabetos, idosos, sem acesso à saneamento etc) para estabelecer políticas públicas específicas.

Uma outra questão revelada pelo Censo, ao longo dos anos, é o processo cada vez maior de autoreconhecimento do brasileiro em relação à sua cor. Segundo Pereira Nunes, se compararmos o Censo de 2000 com o censo de 2010, houve um aumento da proporção da população que se declarou negra, assim como da que se declarou como indígena. Para se ter ideia, 1,2 milhão não declarou a sua própria cor no Censo de 2000. Esse número caiu para apenas 60 mil pessoas em 2010.

“Isso não quer dizer que a população desse grupo esteja crescendo mais que os demais, não. É simplesmente porque está havendo cada vez mais um autoreconhecimento de cada agrupamento específico (…) ou seja, cada qual se reconhecendo cada vez mais como um cidadão na própria sociedade.”

A questão da idade do brasileiro também é um fator, de acordo com o diretor-presidente do IBGE, que daqui para a frente também passará a fazer parte da agenda de todas as discussões de planejamento da sociedade brasileira para o futuro. A população brasileira está, proporcionalmente, apresentando um número maior de pessoas com mais idade, explicou.

“Só para se ter uma ideia, encontramos no Censo de 2010 cerca de 24 mil pessoas com mais de cem anos de idade.”

Na avaliação dele, a população está envelhecendo por dois motivos que são concomitantes: o cidadão está vivendo cada vez mais, a expectativa de vida está aumentando, e a taxa de fecundidade (dada pelo número médio de filhos que a mulher brasileira tem) está caindo, ou seja, estão nascendo menos crianças.

Pelos dados do IBGE, em 2000 o Brasil tinha 50 milhões de crianças de zero a 14 anos de idade; já em 2010 esse número caiu para 45 milhões. Ou seja, uma queda absoluta de 5 milhões em um país que aumentou – em termos absolutos – em 21 milhões de brasileiros: “Éramos 169 milhões em 2000, e somos 190 milhões em 2010″, esclarece Pereira Nunes. Nesse sentido, deverá haver uma mudança significativa no planejamento da sociedade, explica ele.

“Se eu olho para as próximas décadas eu vejo uma sociedade onde cada vez mais a atenção ao idoso, à saúde, a Previdência Social, o mercado de trabalho, tudo isso terá que levar em consideração uma sociedade envelhecida.”

Os dados apurados pelo IBGE sobre analfabetismo (número de pessoas com mais de 15 anos que declaram não saber ler ou escrever) identificaram um índice de 9,6% em 2010. Segundo Nunes, se hoje a taxa de analfabetismo é de 9,6%, cinquenta, quarenta anos atrás essa taxa era de 50% da população. O que aconteceu, explica o diretor do IBGE, é que essas pessoas de antigamente ingressaram no mercado de trabalho, constituíram família, envelheceram, e ainda hoje são os mesmos que compõem o contingente muito grande de analfabetos, ou seja, os que no passado eram jovens e analfabetos, são hoje os idosos e analfabetos.

Então, a taxa de analfabetismo de idosos no Brasil chega a 26% da população, de cada quatro pessoas com mais de 65 anos de idade, quase uma delas é analfabeta, explica Nunes. Já o analfabetismo da população em idade jovem, até 19 anos, por exemplo, é de 2%, o que significa que para o jovem e para a criança de hoje o acesso à escola está universalizado, e o desafio é outro.

“O desafio que o Brasil tem daqui para a frente não é abrir portas para colocar crianças na escola. As portas já existem. O que precisa é fechar as portas para impedir a evasão escolar e garantir um bom ensino para cada criança brasileira.”

De acordo com Pereira Nunes, o Censo 2010 – do ponto de vista do trabalho de campo, da contagem da população, e do tratamento dos dados – já está concluído. O documento pode ser baixado pela internet no endereço www.ibge.gov.br . A partir de agora, cada um dos temas será aprofundado, com análise do perfil da população, da família e de outros fatores. O diretor-presidente do IBGE informou também que daqui para a frente o Instituto fará uma série de publicações, e chamou a atenção para uma que, especificamente, será muito importante para o planejamento urbano das grandes cidades brasileiras: a que vai identificar, em cada bairro do município, as condições de habitação do cidadão. Pereira Nunes explicou que além de fazer perguntas sobre o cidadão e seu domicílio, o IBGE também estuda o entorno da localidade onde o cidadão habita, para saber se tem iluminação publica, saneamento básico, calçamento, arborização, e acessos para a mobilidade de pessoas portadoras de deficiência.

Na avaliação dele, “trata-se de uma série de informações que servem para o planejamento urbano, e para que o governo local possa tomar medidas para melhorar as condições de vida da população.”

Essas informações serão divulgadas pelo IBGE dentro de algumas semanas. Mas antes de divulgar, o Instituto vai discutir com os gestores de cerca de 375 prefeituras onde foram encontradas situações de habitação não adequadas (que são chamadas de aglomerados subnormais), para que eles conheçam a leitura feita pelo IBGE. “Mas isso não significa dizer que se a prefeitura discordar da leitura do IBGE, o IBGE vai mudar, não”, explicou.

“Se a prefeitura discordar e provar que o dado do IBGE não é como a gente está lendo, a gente vai rever. Não necessariamente a revisão implicará em refazer o trabalho que foi feito.”

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mudando o paradigma

Muito me interessa a questão de como nós formamos nossas opiniões e o que motiva nossas atitudes. Uma resposta pertinente é o desenvolvimento dos nossos PARADIGMAS. Paradigmas são padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos para navegar na vida. Nossos paradigmas podem ser valiosos e até salvar vidas quando usados adequadamente. Mas podem se tornar perigosos se desenvolvermos paradigmas errados, ou destorcidos da realidade.

É importante lembrarmos que o mundo exterior entra em nossa consciência através dos filtros de nossos paradigmas. Os paradigmas funcionam como filtros para nossa realidade, aquilo que consideramos importante, bonito, atraente é filtrado por nossos paradigmas. E nossos paradigmas nem sempre são corretos. Não vemos o mundo como ele é, mas como nós somos. O mundo parece muito diferente dependendo de nossa perspectiva.

Gostaria de levar vocês a pensar outra coisa agora. Muitos dizem que todos são filhos de Deus, mas isso não é verdade. Permitam-me usar uma analogia de CS Lewis. Existe uma grande diferença entre “gerar” e “criar” algo. Na geração, o que foi gerado é da mesma espécie que o gerador. Mas quando criamos algo, esse algo é de uma espécie diferente.

Desse modo, entendemos que Deus nos criou, portanto somos criaturas dele. E só nos tornamos filhos, ou seja, gerados, quando com o coração cremos e com a boca confessamos que Jesus morreu pelos nossos pecados para nos salvar. E ao sermos gerados nos tornamos assim como Deus. Homens geram outros homens, Deus gera algo semelhante a Ele.

Em sua condição natural, não possui a vida espiritual – um tipo diferente e superior de vida que só Deus é capaz de gerar. Usamos a mesma palavra vida para designar tanto a vida natural, quanto essa vida espiritual da qual eu estou falando. CS Lewis mostra que a vida natural e espiritual é tão importante que ele dá outro nome, respectivamente, “bíos” e “zoé”.

A vida biológica, que vem da natureza e que (como tudo o mais no mundo natural) tende a se corromper e a decair - de modo que só pode se conservar através de contínuos subsídios dados pela natureza na forma de ar, água, alimentos etc. - é “bíos”. A vida espiritual, que é em Deus desde toda a eternidade e que criou o universo natural inteiro, é “zoé”. É certo que “bíos” tem certa semelhança parcial ou simbólica com “zoé”: mas é apenas a semelhança que existe entre uma fotografia e um lugar, ou entre uma estátua e um homem. O homem que tinha “bíos” e passa a ter “zoé” sofre uma mudança tão grande quanto a de uma estátua que deixasse de ser pedra entalhada e se transformasse num homem real. E é exatamente disso que trata o cristianismo. Este mundo é como o ateliê de um grande escultor. Nós somos as estátuas, e corre por aí o boato de que alguns de nós, um dia, ganharão a vida (LEWIS, 2005, pág. 55).

Agora estamos prontos a retornar ao nosso assunto inicial, quando somos gerados novamente, recebemos uma nova vida espiritual e essa nova vida muda completamente os nossos paradigmas, ou como vemos o mundo. Dessa forma, o mundo visto por nós agora passar ser outro, passamos a ter mais compreensão das coisas espirituais e não apenas materiais. Preocupamos-nos mais com as coisas eternas e não efêmeras. Importamos-nos mais em ser, do que ter. Colocamos os nossos tesouros em coisas duradouras e envolvemo-nos menos com coisas banais.

Portanto, aceitar a Jesus Cristo como salvador é mudar o paradigma, é trocar o filtro, é ser gerado de novo, é receber uma nova vida, é passar de “bíos” para “zoé”. É conseguir compreender com plenitude o versículo de II Coríntios 5:17 - "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."

Por Eliéser Ribeiro

Escrito para o blog cristão Territóri 7: http://territorio7.com.br/blog/

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Acertando as contas com o passado

Quem já ouviu alguém dizendo uma expressão saudosista assim: “no meu tempo que era bom”? Ou então: “Quem me dera eu pudesse voltar no tempo”? Tais expressões significam que existe algo que ficou no passado que alguém gostaria que voltasse. No entanto, essa expressão também significa que a pessoa não consegue se realizar no presente e provavelmente não conseguirá ser feliz no futuro.

A bíblia nos orienta sobre isso. Em Eclesiastes 7:10 lemos o seguinte, “Jamais digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Pois não é sábio perguntar assim.”

As lembranças servem para trazer a memórias pequenas coisas que nos trazem esperança. Quem não se lembra daquele amigo(a) de infância, ou então daquela turma de escola tão especial, ou então dos sinceros mimos da casa da vovó?

Contudo, muitas pessoas sendo ainda jovens não conseguem se desprender de determinadas lembranças da infância e/ou da adolescência e construir uma vida alegre e boa no presente. Tais pessoas são frustradas com o curso da faculdade que escolheram, são decepcionadas com o trabalho que realizam, não se sentem realizados pelo conjunto de amigos que mantém.

Algumas pessoas mantiveram alegre e doce relacionamento afetivo com alguém na adolescência, mas esse relacionamento acabou há anos. E aquilo que parecia sólido e duradouro se quebrou, e os cacos não foram juntados e derretidos para o feitio de um novo vaso de barro até hoje.

Considero muito importante termos boas lembranças, pois elas nos fazem mais humanos, ligados mais a sentimentos do que a razões. Mas nossas lembranças só serão saudáveis se funcionarem como o passado colorindo o nosso presente. Mas se for o passado desbotando as nossas experiências atuais, elas servirão de lamento e angústia.

Portanto, devemos seguir em frente sem perder a esperança e a coragem, como orienta a bela música do U2 Walk on (vídeo acima).

E se a escuridão for nos separar
E se a luz do dia parece estar muito longe
E se seu coração de vidro se partir
E por um segundo você quiser voltar atrás
Oh, não, seja forte

Continue em frente, continue em frente
O que você conquistou, eles não podem te roubar
Não, eles não podem nem sentir isso
Continue em frente, continue em frente
Mantenha-se seguro esta noite.

“A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para frente.” Søren Kierkegaard




Por Eliéser Ribeiro

Para o Território 7: http://territorio7.com.br/blog/acertando-as-contas-com-o-passado/#more-2981

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Edward Hopper: o pintor da solidão reparadora

Ontem eu conheci um pintor sensacional e gostaria de apresentá-lo aqui. Ele é Edward Hopper (Nyack, 22 de julho de 1882 — 15 de maio de 1967) foi um pintor norte-americano mais lembrado por suas misteriosas representações realistas da solidão na contemporaneidade. Em ambos os cenários urbanos e rurais, as suas representações de reposição fielmente recriadas reflete a sua visão pessoal da vida moderna americana.



Toda a sua obra é marcada por expressar uma solidão manifesta, mas que está longe de ser triste. Ao ver os seus quadros tive a impressão que a solidão retratada não expõe a tristeza e sim a melancolia, que nem sempre é negativa.

Nos quadros de Edward Hopper há uma verdade suspensa, atemporal, como que congelada por um elemento que permeia delicadamente toda a sua obra: a impossibilidade da comunicação humana, a certeza de que somos essencialmente solitários. Só um mestre tira tanto da ponta de um pincel.

Por ser ele um artista novaiorquino, e suas obras transmitirem muito o espírito urbano, acredito que ele retrata muito bem o sentimento que eu compartilho também sobre a cidade grande, de que é o lugar da impessoalidade, do anonimato, e da busca constante por uma identidade.

Apesar de muitos não gostarem da solidão, como eu também não gosto, mas ela pelo menos ela é retratada nos quadros de Hopper como um sentimento reparador, sólido, meio aconchegante de que a qualquer momento alguém vai aparecer para quebrar esse clima.

Por Eliéser Ribeiro

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Por que existe o sofrimento?

Por CS Lewis

Minha própria experiência é mais ou menos a seguinte. Estou progredindo ao longo da estrada da vida em minha condição usual, satisfeita e decaída, absorvido num encontro agradável com amigos marcado para amanhã ou um pouco de trabalho que estimula minha vaidade hoje, um feriado ou um livro novo, quando de repente uma pontada no abdome que pode indicar doença séria, ou uma notícia nos jornais ameaçando o mundo de destruição, faz ruir o meu castelo de cartas. Sinto-me a princípio vencido, com todas as minhas pequenas alegrias desfeitas como brinquedos destroçados. A seguir, devagar e com relutância, pedaço a pedaço, tento enquadrar-me no estado de espírito em que deveria sempre estar.

Chamo minha atenção para o fato de que todos esses brinquedos não tinham o propósito de apossar-se do meu coração, que meu bem real está num outro mundo e que meu único e verdadeiro tesouro é Cristo. E, talvez, pela graça de Deus, venha a ter êxito, e durante um dia ou dois me torno uma criatura que depende conscientemente de Deus e que extrai a sua força das fontes certas. Mas no momento em que a ameaça desaparece, toda a minha natureza salta de volta aos brinquedos: fico até ansioso, que Deus me perdoe, para banir de minha mente a única coisa que me sustentou sob a ameaça, porque ela está agora associada à miséria daqueles poucos dias.

Fica então muito clara a terrível necessidade da tribulação. Deus me teve apenas por quarenta e oito horas e mesmo assim à força de ameaças, de tirar de mim tudo o mais. No momento em que Ele embainha a espada, me comporto como um cachorrinho quando o odiado banho acaba – sacudo-me o melhor que posso e corro a recuperar minha confortável sujeira, se não for no monturo mais próximo, pelo me nos no primeiro canteiro de flores. É por isso que as tribulações não podem cessar até que Deus nos veja transformados ou julgue que nossa transformação é agora impossível.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A diferença entre o Barcelona e o Real Madrid


Sem sobra de dúvida Barcelona e Real Madrid estão entre os melhores times do mundo. Os seus seguidos confrontos fizeram o mundo parar para assistir. Apesar de ter perdido a Copa do Rei, o Barcelona se impôs como melhor time do que o Real Madrid, sendo virtualmente o campeão espanhol e chegando a final da “Libertadores da Europa”. O time do Real conta com estrelas como Cristiano Ronaldo, Káká, Dí Maria, Cassillas entre outros, enquanto o Barça conta com Messi, Villa, Iniesta e etc. Mas o que faz o Barcelona ser o melhor time, uma vez que as duas equipes são compostas de grandes craques? Será apenas a soma dos talentos individuais que fazem com que a equipe catalã seja superior?

Vou indicar pelo menos uma resposta para essas perguntas. O Barcelona conseguiu estabelecer um time com um estilo de jogo, enquanto o Real Madrid é uma equipe formada por excelentes jogadores.

Existe uma grande diferença entre time e equipe, enquanto o primeiro é fundamentado em um conjunto de indivíduos, que associados buscam uma ação comum, com determinado fim, o segundo é um agregado de indivíduos que se juntam para o desenvolvimento de um trabalho.

O time do Barcelona basicamente é composto por jogadores que vem das categorias de base e que são socializados num estilo de jogar futebol e à medida que se precisa de um jogador de uma posição vai para o mercado para comprá-lo. Enquanto a equipe do Real Madrid vai se formando pela aquisição de jogadores com salários astronômicos que se formam por aí no mundo da bola.

Na formação do seu time o Barcelona desenvolve um estilo de jogo que valoriza a posse de bola, a troca de passes e a precisão desses passes. As suas linhas de jogadores avançam juntas à medida que o time sobe ao ataque, sempre sobrando um homem livre para receber a bola. Essa forma de jogar foi internalizada por um longo processo de aprendizagem que levou algum tempo para se cristalizar.

Dessa forma, o time do Barcelona consegue desenvolver certos elementos socioculturais importantes desse esporte magnífico, que é o futebol, integrando um estilo de jogar na estrutura de personalidade de seus jogadores sob a influência de experiências e agentes sociais significativos, como é o caso do seu principal jogador Messi. Por isso, o que se vê são jogadores formando um conjunto integrado e não apenas talentos individuais somados.


Essa diferença de uma equipe e um time é expressa nos números do jogo e no resultado final dos confrontos. No jogo de ontem (03/05/2011) o Barcelona com 64% de posse de bola e 85% de acerto nos inacreditáveis 1372 passes, marcou a diferença contra o seu adversário que tem 36% da posse da bola e 69% de acerto dos seus 639 passes. E com o detalhe de que a equipe do Real que precisava da vitória, no mínimo, por dois gols de diferença no Camp Nou para jogar a final da Liga dos Campeões. Como definiu André Rocha, foi a vitória de um estilo de jogo.

Por Eliéser Ribeiro

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Propagandas que não gosto de ver por aí!

Vivemos tempos de consumismo e individualismo exagerados, onde as pessoas são medidas pelo que tem e pela sua capacidade de compra. Atribuo como uma das causas o crescente e devastador universo da propaganda, que desenvolve valores e cria padrões de desejo. Obviamente, pode indicar outras causas. Nessa direção, estimasse que vemos mais propaganda num ano do que as pessoas de há 50 anos viam em toda a vida. Muitas das trilhas sonoras de nossas vidas são pequenas canções de propagandas televisivas. Quem não se lembra de “pipoca e guaraná” da Antártica?

Esses dias uma propaganda me chamou muito a atenção devido à truculência ao incentivar que as pessoas comprem um carro e sintam-se únicas e exclusivas. Foi a propaganda do veículo Citroën C4 Hatch. O comercial começa com um homem num imenso engarrafamento e ele imagina: se eu fosse o único ser humano na face da terra. Daí o ambiente se transforma e os carros somem e ele passa a desfilar o seu veículo por ruas desertas. Mas ainda lhe falta alguma coisa para realizar o máximo do seu hedonismo: mulheres. Daí ele se imagina o único homem da terra. E de repente as ruas são tomadas por mulheres de todo tipo, loiras, ruivas e morenas.

Não que ter um carro e mulher sejam uma coisa ruim, pelo contrário, mas a forma como as coisas são apresentadas parecem que essas coisas são a finalidade da felicidade e não um meio. Além do mais o incentivo a viver sozinho e isolado é a tônica do comercial.



Vivemos num tempo onde cada vez mais as pessoas se preocupam apenas com os seus interesses e com a satisfação dos seus desejos. A razão das pessoas se ajuntarem não deveria ser apenas atender as suas necessidades individuais, mas satisfazer a um bem maior do que elas mesmas. O sentido da vida não devia ser apenas ajuntar coisas e pessoas, mas marcar positivamente a vida os outros, construir uma história bela e influenciar as pessoas para o bem.

A primeira causa dos relacionamentos entre as pessoas devia ser menos as suas debilidades e necessidades do que um certo instinto de sociabilidade em todos inato; a espécie humana não nasceu para o isolamento e para a vida errante, mas com uma disposição que, mesmo na abundância de todos os bens, a leva a procurar o apoio comum.

O seres humanos são movidos fundamentalmente por uma necessidade social, porque o associar-se com os outros seres humanos é para ele condição essencial de vida. Só em tais uniões e com o concurso dos outros é que o homem pode conseguir todos os meios necessários para satisfazer as suas necessidades e, portanto, conservar e melhorar a si mesmo, conseguindo atingir os fins de sua existência.

Em suma, só na convivência e com a cooperação dos semelhantes os seres humanos podem beneficiar-se das energias, dos conhecimentos, da produção e da experiência dos outros, acumuladas através de gerações, obtendo assim os meios necessários para que possa atingir os fins de sua existência, desenvolvendo todo o seu potencial de aperfeiçoamento, no campo intelectual, moral ou técnico. E esse projeto não é possível apenas acumulando bens, ou colecionando pessoas.

Por Eliéser Ribeiro

segunda-feira, 18 de abril de 2011

EVANGELHO SEGUNDO O TWITER

Assista esse vídeo muito legal apresentando o evangelho segundo o twiter.



Ao final escolha seguí-lo!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Estatuto do Homem

(Ato Institucional Permanente)

A Carlos Heitor Cony

Artigo I


Fica decretado que agora vale a verdade.

agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.


Artigo II


Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.


Artigo III


Fica decretado que, a partir deste instante,

haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.


Artigo IV


Fica decretado que o homem

não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.


Parágrafo único:


O homem, confiará no homem

como um menino confia em outro menino.


Artigo V


Fica decretado que os homens

estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.


Artigo VI


Fica estabelecida, durante dez séculos,

a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.


Artigo VII


Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.


Artigo VIII


Fica decretado que a maior dor

sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.


Artigo IX


Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.


Artigo X


Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
o uso do traje branco.


Artigo XI


Fica decretado, por definição,

que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.


Artigo XII


Decreta-se que nada será obrigado

nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.


Parágrafo único:


Só uma coisa fica proibida:

amar sem amor.


Artigo XIII


Fica decretado que o dinheiro

não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.


Artigo Final.


Fica proibido o uso da palavra liberdade,

a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

Thiago de Mello
Santiago do Chile, abril de 1964

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Deus existe?

Um breve diálogo entre um aluno e seu professor sobre se Deus existe.



Ps. O vídeo é uma propaganda do Ministério da Educação da Macedônia. Eu não compartilho da ideia do ensino religioso nas escolas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Último capítulo da novela FICHA LIMPA

Por Eliéser Ribeiro

Ontem (23/03) deve ter acontecido o último capítulo da novela chamada FICHA LIMPA. Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Lei da Ficha Limpa não deveria ter sido aplicada às eleições do ano passado. A norma, que barra a candidatura de políticos condenados por decisões de colegiados, entrou em vigor em junho de 2010, portanto, não obedeceu a regra de que uma lei eleitoral tem que entrar em vigor pelo menos um ano antes de ser sancionada.

A decisão foi revisitada porque um ministro estava licenciado no ano passado, quando a lei foi analisada durante a eleição e deram dois empates de 5 a 5. Mas agora o STF está completo com os seus 11 ministros viabilizando o desempate.

O grande debate que se avoluma no Supremo, não é se é contra ou a favor da FICHA LIMPA, mas é muito mais profundo do que isso, sendo: se o que vale é o direito, ou a justiça. Pois se a lei valer para a eleição de 2010, ela ferirá o princípio da anterioridade que de acordo com o relator do processo Gilmar Mendes “é um princípio ético-jurídico fundamental: não mudar as regras do jogo com efeito retroativo”. Contudo, se a lei valer para a eleição de 2010 ela procura moralizar minimamente uma arena outrora marcada pela corrupção e pela injustiça.

A lei é uma funcionária da moral e da justiça, e se caso estiver contrária a uma delas precisa ser revista. O que é o princípio da anterioridade frente aos casos de corrupção e improbidade administrativa cometidos pelos candidatos ficha suja? Afirma Eduardo Juan Couture que o dever de um legislador “é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça”.

No caso do julgamento da constitucionalidade da FICHA LIMA venceu o conservadorismo e a lei e perderam a moralidade e a justiça. O último capítulo não teve final feliz para toda a população brasileira. Minha esperança se adia mais uma vez, em que candidatos condenados em 3 instâncias não possam disputar nenhuma vaga pública em minha nação.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Complexo do Éden



por Elieser Ribeiro

Outro dia numa interrogação existencial eu lancei o seguinte tweet na tuitosfera: De vez em quando me dá uma saudade inexplicável de não sei o que. Alguém entende? Obtive duas boas respostas. A primeira foi da minha amiga @elismere que disse: é saudade do Eterno, daquilo que foi perdido no Éden… Um dia virá a plenitude, um dia! A segunda resposta veio de um versículo enviado pela querida @liiniz: “pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir” Hebreus 13:14

Duas semanas depois retuitei uma citação do grande PEQUENO PRÍNCIPE de Antoine de Saint-Exupéry que dizia: Nunca estamos contentes onde estamos. E o nobre @milhoranza disse que isso é resultado do tal Complexo de Éden.

É interessante notarmos que às vezes nos sentimos sozinhos mesmo tendo um monte de pessoas em volta. Ou então conseguimos realizar nossos maiores sonhos materiais como carreira e bens e ainda continua um vazio enorme dentro de nós. Alguns de nós procuramos toda a vida alguém que nos complete, preencha e nos mantenha longe desse sentimento de falta.

Na verdade nossa vida foi criada para viver com Deus. O ser humano foi planejado para viver em harmonia com o seu criador e nessa relação ele encontraria sua completude. Deus colocou o homem no jardim do Éden para o cultivar e o guardar (Gênesis.2:15). No entanto, por causa do pecado o Senhor o expulsou do jardim para replantá-lo (Gênesis.3:23 e 24).

Desde então, até que cheguemos aos céus, o sentimento de falta ou inconformidade com a situação vai fazer parte da nossa jornada, até mesmo para aquelas pessoas que acreditam terem tudo (por exemplo, gente muito famosa). A bíblia jovem em um de seus estudos diz que de tempos em tempos, nós lutaremos com sentimentos de solidão. Contudo, quando o sentimento de incompletude aparecer, lembre-se que o seu coração está desejando o céu e estar perto do PAI.

Anime-se, pois a nossa pátria está nos céus, onde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará a nossa limitação, para sermos como Ele, segundo o seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas. (Filipenses 3:20).

terça-feira, 22 de março de 2011

Graça comum

De vez observo a graça comum.
Como se mostra bela, em meio ao pecado.
Os ímpios externam lampejos de Deus sem o saber.
E Deus se manifesta, apenas por seu querer.
De vez observo a graça redentora.
Como se mostra bela em meio ao pecado.
Os ímpios se convertem sem ao menos saber.
E esta Graça então não é mais comum, agora sim, é Especial.
É Deus que se manifesta, apenas por seu querer.

A graça comum se mostra na arte, na vida, e num mundo que ainda se mostra belo.
Ainda...ainda.

Pelo meu nobre amigo Bruno Barroso

segunda-feira, 21 de março de 2011

Breve biografia de C.S. Lewis

Esse é 100 post do meu blog e gostaria de prestar uma homenagem ao meu autor favorito, para que conheçam, busquem estudá-lo e aprendam os seus ensinamentos a cerca do cristianismo: C.S Lewis

“O cristianismo, se é falso, não tem nenhuma importância, e, se é verdade, tem infinita importância. O que ele não pode ser é de moderada importância” – C.S. Lewis.

“Ele era um homem pesado que parecia ter 40 anos, com um rosto carnudo e oval e compleição sadia. Seu cabelo preto já tinha deixado a testa, o que o tornava especialmente imponente. Eu nada sabia sobre ele, exceto que era o professor de Inglês da faculdade. Eu não sabia que ele tinha publicado algum livro assinando seu próprio nome (quase ninguém o fazia). Mesmo depois de eu ter sido aluno dele por três anos, nunca passou pela minha cabeça que ele poderia ser o autor cujos livros vendiam em média dois milhões de exemplares por ano. Uma vez que ele nunca falou de religião enquanto eu era seu aluno, ou até que ficássemos amigos, 15 anos depois, parecia impossível que ele fosse o meio pelo qual muitos chegariam à fé cristã”. Mesmo para seu melhor biógrafo e amigo de longa data, George Sayer, Clive Staples Lewis era uma surpresa e um mistério.

Como J.R.R. Tolkien aconselhou Sayer: “Você nunca chegará ao fundo dele”. Mas compreender ou até mesmo concordar com Lewis nunca foram pré-requisitos para gostar dele ou admirá-lo.

Seus livros continuam vendendo extremamente bem (a série As crônicas de Nárnia, por exemplo, está entre os 200 títulos mais vendidos da Amazon.com) e muitos leitores o consideraram o escritor mais influente em suas vidas. Um feito e tanto para um homem que por muito tempo desacreditou “a mitologia cristã” e considerava Deus “meu inimigo”.

Lewis nasceu em Belfast, na Irlanda, em uma família protestante que gostava de ler. “Havia livros no escritório, livros na sala de jantar, livros na chapeleira, livros na grande estante no alto da escada, livros no quarto, livros empilhados até a altura do meu ombro no reservatório de água no sótão, livros de todos os tipos”, Lewis lembrava, e tinha acesso a todos eles. Em dias chuvosos – e havia muitos no norte da Irlanda – ele tirava muitos volumes das prateleiras e entrava em mundos criados por autores como Conan Doyle, E. Nesbit, Mark Twain e Henry Wadsworth Longfellow.

Depois que seu único irmão, Warren, foi mandando para um colégio interno na Inglaterra em 1905, Jack, nome adotado por ele mesmo aos 3 anos, tornou-se um recluso. Ele passava mais tempo com os livros e um mundo imaginário de “animais vestidos” e “cavaleiros de armadura”.

A morte de sua mãe, de câncer, em 1908, tornou-o ainda mais introvertido. A morte da Sra. Lewis veio apenas três meses antes do décimo aniversário de Jack, e este jovem estava muito abatido pela perda de sua mãe. Além disso, seu pai nunca se recuperou totalmente da morte dela, e os meninos sentiram-se cada vez mais afastados dele; a vida em casa nunca mais foi agradável e satisfatória.

A morte da mãe convenceu o jovem Jack de que o Deus que ele encontrava na Bíblia que sua mãe lhe dera não respondia sempre às orações. Esta dúvida inicial, somada a um regime espiritual excessivamente severo e a influência de uma governanta do colégio interno moderadamente ocultista alguns anos depois fizeram Lewis rejeitar o cristianismo e tornar-se ateu declarado.

Lewis entrou em Oxford em 1917, como aluno e, na verdade, nunca saiu. “O lugar ultrapassou meus sonhos mais incríveis”, ele escreveu a seu pai depois de passar seu primeiro dia lá. “Eu nunca vi nada tão lindo”. Apesar de uma interrupção para lutar na Primeira Guerra Mundial (na qual foi ferido pela explosão de uma granada), ele sempre manteve seu lar e amigos em Oxford. Sua ligação com o lugar era tão forte, que quando ele ensinou em Cambridge, de 1955 a 1963, ele voltava à Oxford nos fins de semana para que pudesse estar perto de lugares e amigos que ele amava.

Em 1919, Lewis publicou seu primeiro livro, uma série de versos líricos sob o pseudônimo de Clive Hamilton. Em 1924, tornou-se instrutor de filosofia na University College, e no ano seguinte foi eleito membro do Magdalen College, onde ele era instrutor de Língua Inglesa e Literatura. Seu segundo volume de poesia, Dymer, também foi publicado sob um pseudônimo.

Conforme Lewis continuou a ler, passou a apreciar de modo especial o autor cristão George MacDonald. Um volume de Phantastes desafiou poderosamente seu ateísmo. “O que ele fez de verdade comigo, escreveu Lewis, foi converter, mesmo batizar… minha imaginação.” Os livros de G.K. Chesterton trabalharam da mesma forma, especialmente The Everlasting Man [O homem eterno], que levantou sérias questões sobre o materialismo do jovem intelectual.

“Um jovem que deseja permanecer um ateu assumido não pode ser muito cuidadoso com sua leitura”, Lewis escreveu mais tarde em sua autobiografia Surpreendido pela alegria. “Deus é, se posso dizer assim, incompreensível”.

Enquanto MacDonald e Chesterton estavam mexendo com os pensamentos de Lewis, seu amigo íntimo, Owen Barfield, atacava a lógica do ateísmo de Lewis. Barfield tinha se convertido do ateísmo para o teísmo, e então, finalmente, ao cristianismo, e ele freqüentemente atormentava Lewis sobre o seu materialismo. O mesmo fazia Nevil Coghill, um brilhante colega estudante e amigo de longa data, que, para a surpresa de Lewis, era “um cristão e um supernaturalista radical”.

Logo depois de entrar para a Faculdade de Inglês em Magdalen College, em Oxford, Lewis conheceu mais dois cristãos, Hugo Dyson e J.R.R. Tolkien. Estes homens tornaram-se amigos íntimos dele. Ele admirava sua lógica e o fato de que eram brilhantes. Logo Lewis percebeu que a maioria dos seus amigos, assim como seus autores favoritos – MacDonald, Chesterton, Johnson, Spenser e Milton – criam neste cristianismo.

Em 1929 estas estradas se encontraram e Lewis se rendeu, admitindo: “Deus era Deus. Ajoelhei e orei”. Em dois anos, o relutante convertido também passou do teísmo para o cristianismo e entrou para a Igreja Anglicana da Inglaterra.

Quase imediatamente, Lewis tomou uma nova direção, mais notadamente em sua escrita. Os esforços anteriores para ser um poeta foram deixados de lado. O novo cristão devotou seu talento a escrever prosa, que refletia sua fé recém-encontrada. Depois de dois anos de sua conversão, Lewis publicou O regresso do peregrino (1933). Este pequeno volume abriu uma torrente de 30 anos de livros sobre a defesa da fé cristã e discipulado que se tornaram a ocupação de toda sua vida.

Nem todos aprovavam seu novo interesse em apologética. Lewis recebia críticas dos membros do seu círculo mais íntimo de amigos, os Inklings (o apelido do grupo de intelectuais e escritores que se encontravam regularmente para trocar idéias). Mesmo amigos mais íntimos cristãos como Tolkien e Owen Barfield desaprovavam abertamente a fala e a escrita evangelísticas de Lewis.

De fato, os livros “cristãos” de Lewis causavam tanta desaprovação que mais de uma vez ele perdeu a nomeação para professor em Oxford, com as honras indo para homens com menores reputações. Foi no Magdalene College, na Universidade de Cambridge, que Lewis foi finalmente honrado com uma cadeira em 1955.

Os 25 livros cristãos de Lewis venderam milhões de exemplares, incluindo: Cartas de um diabo ao seu aprendiz (1942), Cristianismo puro e simples (1952), As crônicas de Nárnia (1950-56), O grande abismo (1946) e A abolição do homem (1943) – obras que a Encyclopedia Britannica incluiu em sua coleção de Grandes Livros do Mundo.

Embora seus livros tenham lhe dado fama mundial, Lewis era em primeiro lugar um estudioso. Ele continuou a escrever história e crítica literária, tais como The Allegory of Love [A alegoria do amor] (1936), considerado um clássico em sua área, e English Literature in the Sixteenth Century [Literatura inglesa no século 16] (1954).

Apesar de seus muitos feitos intelectuais, ele se recusou a ser arrogante: “A vida intelectual não é a única estrada para Deus, nem a mais segura, mas sabemos que é uma estrada, e pode ser a que foi apontada para nós. É claro, assim será enquanto mantivermos o impulso puro e desinteressado”.

Lewis teve pelo menos um choque de discordância em sua estrada intelectual: um debate em 1948 com a filósofa britânica Elizabeth Anscombe. Anscombe leu um trabalho diante do Oxford Socratic Club (um fórum que Lewis dirigiu por muitos anos) no qual ela atacou a recente publicação de Lewis, Milagres, e todo seu argumento contra o naturalismo. Ela venceu naquele dia, e relatos dizem que ele ficou “profundamente perturbado” e “muito triste”. Ele nunca mais escreveu sobre apologética pura, embora continuasse a comunicar sua fé através da ficção e de outras formas literárias.

Os livros não eram o único meio de compartilhar sua mensagem. Em 1941, o diretor de transmissão religiosa da BBC (que encontrava conforto pessoal através da leitura de O problema do sofrimento) perguntou se Lewis estaria interessado em falar no rádio. Embora o escritor odiasse rádio, ele reconheceu a oportunidade de alcançar uma audiência maior. O resultado foram sete grupos de conversas, transmitidos entre 1941 e 1944, com títulos como Right and Wrong: A Clue to the Meaning of the Universe [Certo e errado: uma idéia do significado do universo] e What Christians Believe [No que acreditam os cristãos].

As transmissões semanais eram muito populares – justamente o que os britânicos precisavam, pois andavam desencorajados e cansados da tristeza da Segunda Guerra Mundial. Sayer conta: “Eu me lembro de estar num bar cheio de soldados em uma noite de quarta-feira. Às 7h45, o barman ligou o rádio no programa de Lewis. ‘Ouçam este sujeito’, ele gritou, ‘vale realmente a pena ouvi-lo’. E os soldados ouviram com atenção por 15 minutos”.

Além da fama crescente de Lewis como palestrante e um defensor da fé, as conversas na BBC produziram, pelo menos, dois grandes resultados. Um foi o livro Cristianismo puro e simples (1952), uma coleção destes programas, que hoje em dia é a segunda obra mais vendida de Lewis. O outro foi um dilúvio de correspondências, incluindo muitas cartas de pessoas que buscam algo no mundo espiritual para quem ele desejava dar uma resposta pessoal e detalhada. O grande volume de cartas levou-o a buscar a ajuda de seu irmão Warren como secretário, mas não lhe impediu de criar respostas que mostravam a mesma clareza de pensamento e graça literária encontrada em toda a sua obra.

Uma correspondente em particular teve um papel importante na vida de Lewis. Em 1950, ele recebeu uma carta de Joy Davidman Gresham, uma nova-iorquina que se tornou cristã lendo O grande abismo e Cartas de um diabo a seu aprendiz. Lewis ficou impressionado com sua escrita e com a mente por trás de tudo e uma correspondência alegre e intensa se seguiu.

Dois anos depois, Joy atravessou o Atlântico para visitar seu mentor espiritual na Inglaterra. Logo depois, seu marido alcoólatra a abandonou para viver com outra mulher e ela se mudou para Londres com seus dois filhos adolescentes, David e Douglas. Joy aos poucos entrou em problemas financeiros. Lewis a ajudou, assumindo as despesas do colégio interno dos meninos e pagando o aluguel de uma casa não muito longe da sua. Entre os dois cresceu uma profunda amizade, para o desgosto de muitos dos amigos de Lewis. Joy tinha muitos pontos contra ela: era americana, de descendência judia, ex-comunista, 16 anos mais jovem que Lewis, divorciada e com personalidade forte. Entretanto, ela estimulava a escrita de Lewis, e ele gostava de sua companhia.

Ainda assim, não foi o amor, em primeiro lugar, que os motivou a se casarem em 1956. Joy não conseguiu renovar seu visto para viver na Inglaterra; sua única chance de ficar no país, então, era casar-se com um inglês. Lewis, gentilmente, ofereceu seus préstimos.

Poucos meses depois da cerimônia de casamento civil, algo aconteceu para levantar as emoções de Lewis. Depois de uma queda grave em sua casa, Joy foi diagnosticada com câncer nos ossos. “Desde que ela foi atingida por esta notícia, eu a tenho amado mais”, Lewis escreveu a um amigo. Os dois se casaram numa cerimônia religiosa, com Joy de cama, e ela se mudou para a casa de Lewis, aparentemente para aguardar sua morte.

No que pareceu um milagre, sua condição melhorou e ela e Lewis viveram três anos felizes juntos. Como ele escreveu para um amigo logo depois do seu casamento: “é engraçado ter aos 59 anos o tipo de felicidade que a maioria dos homens tem aos 20… ‘Mas você guardou até agora o melhor vinho’”. Uma escritora por seus próprios méritos, sua influência sobre o que Jack considerou seu melhor livro, Till We Have Faces [Até que tenhamos rostos] (1956), foi tão profunda que ele contou a um amigo próximo que ela foi, na verdade, sua co-autora.

A morte de Joy, em 1960, assim como a de sua mãe, foi para Lewis um duro golpe. O melhor modo que ele conhecia para lutar contra seus sentimentos de luto, raiva e dúvida era escrever um livro. A anatomia de uma dor apareceu em 1961, e veio ao público sob um pseudônimo, porque era algo tão íntimo e pessoal que Lewis não suportaria publicá-lo com seu próprio nome. Poucos exemplares foram vendidos até que ele foi relançado com o nome verdadeiro do autor, após a sua morte.

No verão e outono de 1963, a saúde de Lewis se deteriorou. Ele morreu enquanto dormia, no dia 22 de novembro: no mesmo dia em que John F. Kennedy foi assassinado. Talvez por causa do choque mundial pela morte do presidente, Lewis quase não foi mencionado nos jornais, e seu funeral teve a participação de sua família e de seus amigos íntimos, incluindo os Inklings.

Lewis pode ter sido enterrado sem alarde, mas seu impacto nos corações e vidas nunca parou de crescer. Nas palavras do líder cristão e escritor John Stott: “Ele era centrado em Cristo, um cristão de tendência da grande tradição, cuja estatura, uma geração após sua morte, parece maior do que qualquer um jamais pensou enquanto ele ainda estava vivo, e cujos escritos cristãos são agora vistos como tendo status de clássicos… Eu duvido que alguém tenha conseguido compreendê-lo completamente”.

Ted Olsen é diretor de notícias e diretor de redação de conteúdo online do grupo Christianity Today International.

Retirado de http://solomon1.com/o-cristianismo-se-e-falso/