quarta-feira, 11 de maio de 2011

Edward Hopper: o pintor da solidão reparadora

Ontem eu conheci um pintor sensacional e gostaria de apresentá-lo aqui. Ele é Edward Hopper (Nyack, 22 de julho de 1882 — 15 de maio de 1967) foi um pintor norte-americano mais lembrado por suas misteriosas representações realistas da solidão na contemporaneidade. Em ambos os cenários urbanos e rurais, as suas representações de reposição fielmente recriadas reflete a sua visão pessoal da vida moderna americana.



Toda a sua obra é marcada por expressar uma solidão manifesta, mas que está longe de ser triste. Ao ver os seus quadros tive a impressão que a solidão retratada não expõe a tristeza e sim a melancolia, que nem sempre é negativa.

Nos quadros de Edward Hopper há uma verdade suspensa, atemporal, como que congelada por um elemento que permeia delicadamente toda a sua obra: a impossibilidade da comunicação humana, a certeza de que somos essencialmente solitários. Só um mestre tira tanto da ponta de um pincel.

Por ser ele um artista novaiorquino, e suas obras transmitirem muito o espírito urbano, acredito que ele retrata muito bem o sentimento que eu compartilho também sobre a cidade grande, de que é o lugar da impessoalidade, do anonimato, e da busca constante por uma identidade.

Apesar de muitos não gostarem da solidão, como eu também não gosto, mas ela pelo menos ela é retratada nos quadros de Hopper como um sentimento reparador, sólido, meio aconchegante de que a qualquer momento alguém vai aparecer para quebrar esse clima.

Por Eliéser Ribeiro

Um comentário:

  1. Obrigado por me apresentá-lo, pois não conhecia! Eu acredito que uma sensibilidade tão apurada como a de Hopper é derivada de sua característica melancólica, muito bem expressada e perceptível nas telas. Eu entendo que a solidão é existencial. Nada nesse mundo é capaz de tirar essa sensação de "metade" ou "falta" de dentro da mente. Lembro de Dostoiévski em suas palavras: "Existe no homem um vazio do tamanho de Deus". Minha esperança é que a solidão, ou esse sentimento que ela desperta, cesse quando a Plenitude chegar. "Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido." - 1 Coríntios 13:12

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