sexta-feira, 20 de abril de 2012

Como não ter Deus?

"Como não ter Deus? Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um milagre é possível, o mundo se resolve. Mas, se não tem Deus, há-de gente perdidos no vai-vem, e a vida é burra. É o aberto perigo das grandes e pequenas horas, não se podendo facilitar - é todos contra os acasos. Tendo Deus, é menos grave se descuidar um pouquinho, pois, no fim dá certo. Mas se não tem Deus, então, a gente não tem licença de coisa nenhuma!" Riobaldo - Grande Sertão Veredas.

domingo, 8 de abril de 2012

SOM DO CÉU

No SOM DO CÉU tive uma experiência singular de experimentar uma diversidade musical incrível como o Raggae do Maranhão do Rubão, baião do sertão do Nordeste do Sal da Terra, Rock paulista do Resgate e MPB do Gerson Borges e Jorge Camargo. Essa diversidade me mostrou que o evangelho que vivemos não precisa ser dissociado da nossa cultura. Jesus quer usar nossa cultura também para ele e não precisamos nos uniformizar cantanto, falando e orando apenas de um mesmo jeito.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

JÓ: UM GRANDE PERDEDOR

Quem gosta de sofrer uma derrota? Quem gosta de experimentar momentos longos e intensos de amargura onde a alma parece não encontrar lugar no meio dos mais chegados, quanto mais diante do resto da sociedade? Quem gosta de ser considerado por muitos como um pária, que não consegue cumprir suas funções sociais, ou um proscrito, que ninguém quer por perto?

Jó era pai de sete filhos e três filhas (Jó 1:2). Possuía também sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas, tendo também muitos servos; de modo que era ele considerado o maior de todos os homens do Oriente (Jó 1:3). Era respeitado como uma pessoa sábia e era reivindicado constantemente para decidir disputas e tirar dúvidas polêmicas.

No entanto, chegado o dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. Disse o Senhor a Satanás: "Você notou meu servo Jó? Não há ninguém como ele – honesto e leal à minha palavra, totalmente consagrado a mim e que odeia a maldade" (Jó 1:6,8).
Então satanás retrucou: “Então, o Senhor acha que Jó é assim por pura bondade de coração: Ora! Ninguém é tão bom assim! O Senhor o mima como se fosse uma criança, cuida de tudo para que nada de mal aconteça a ele, à sua família ou à sua riqueza e ainda abençoa tudo que ele faz” (Jó 1:9,10).

Satanás, como se pode ver, desafia a integridade de Jó, e então Deus permite que satanás interfira na vida de Jó, resultando em sua tragédia: culminando na perda instantânea de seus bens, de seus filhos e de sua saúde. Essas perdas o transformam num derrotado, num pária, num proscrito, num homem maltrapilho e mal cheiroso.
Entretanto, como diz um grande teólogo americano John Piper: “Deus não desperdiça a experiência, Ele não desperdiça nenhuma dor”. Deus tem algo para ensinar mesmo nas situações mais adversas e que devemos transformar situações que aparentemente poderiam ser catastróficas em experiências valiosas para se alcançar a plenitude de vida.

O tempo de derrota foi muito importante para Jó, pois somente quando ele perdeu o conforto, a segurança, a dignidade e a valorização social, ele pode se dar conta de sua pequenez e necessidade de uma experiência real com Deus. Ele precisou experimentar as maiores amarguras para ter uma visão poderosa e soberana do Deus vivo e verdadeiro. Suas derrotas foram na verdade um tempo de depuração para ele alcançar níveis mais altos de intimidade e conhecimento de Deus.

Ao passar pela derrota Jó teve a sua família restaurada, sua saúde restabelecida e seus bens multiplicados, ele pôde ter uma compreensão tão maior e mais profunda de Deus que o levou a avaliar toda a sua existência. E ele pôde tirar bons ensinamentos e dizer assim:

Estou convencido: tu podes fazer tudo, qualquer coisa! Nada, nem ninguém pode frustrar seus planos. Tu perguntaste: Quem é este ignorante, que critica meus propósitos, se nada sabe? Admito, fui eu. Falei sobre coisas além da minha compreensão, fiz pouco das maravilhas que estão acima do meu entendimento.” (Jó 42: 1 a 4).

E a sua experiência o levou a conclusão mais sublime, Jó então completa:

Agora confesso: antes eu ouvi falar a teu respeito; mas agora te conheço, pois vi com meus próprios olhos! Por isso, retiro tudo que disse, sou um miserável! E me arrependo profundamente, perdoa-me”.

Nossas derrotas são difíceis e doloridas, mas Deus tem um propósito em todas elas. Lembre-se sempre Deus vê a sua vida sempre na perspectiva da eternidade e nunca apenas os momentos.

Escrito por Eliéser Ribeiro - Cientista Social e Mestre em Sociologia