sexta-feira, 18 de março de 2011

Coisas que perdemos pelo caminho


Essa madrugada depois de perder o sono eu assisti um filme muito significativo:
AS COISAS QUE PERDEMOS PELO CAMINHO.

Concomitante ao filme estou lendo também o livro de CS Lewis, O PROBLEMA DO SOFRIMENTO. Meus alunos de EBD não me aguentam mais me ouvir falar desse cara!!!rsrs.

No filme, a protagonista Audrey Burke (Halle Berry) está em choque com a notícia que acaba de receber: Brian (David Duchovny), seu marido, foi morto em um ato de violência o qual ele não tinha qualquer ligação. Audrey agora sente-se perdida e, por impulso, recorre a Jerry Sunborne (Benicio Del Toro), um amigo de infância do marido que é também viciado em drogas. Desesperada para preencher o vazio em sua vida que existe desde a morte de Brian, Audrey convida Jerry para morar no quarto anexo à garagem da família. Jerry atualmente está lutando para evitar as drogas e vê nesta oportunidade a chance de se recuperar de vez, já que passa a agir como se fosse o substituo de Brian na vida de Audrey e seus filhos.

De acordo com o site Omelete a diretora do filme: a cineasta dinamarquesa Susanne Bier já era conhecida pelas tristes histórias de morte e luto tratadas sem meios termos, notadamente nos pesados dramas lançados no Brasil Corações livres (2002), Brothers (2004) e Depois do Casamento (2006). Em seu primeiro longa-metragem hollywoodiano, Bier reproduz uma preocupação que ela herdou do Dogma 95 dinamarquês: não tem medo de abraçar uma estética ao mesmo tempo em que tenta evitar as armadilhas dessa estética.

Coisas que Perdemos pelo Caminho é, em síntese, um grande esforço de fazer melodrama que não tenha cara de melodrama (o que, em termos hollywoodianos, é sinônimo de telefilme descartável). Susanne Bier conserva seus traços de estilo mais marcantes - câmera na mão, hiperclose nos olhos de seus protagonistas, planos-detalhes à procura de flagras do banal - ao mesmo tempo em que instrui seus colaboradores a evitar exageros.

A grande lição do filme é mostrar como as perdas nas nossas vidas podem ser duras, e chocantes, mas também mostra que a vida segue e que devemos aceitar o que é bom.


De certo modo, o livro O problema do sofrimento trata de questões semelhantes ao filme, como angústia, mortes e grandes perdas. No livro de Lewis ele trata a dor e o sofrimento como algo que distingue os seres humanos do restante dos outros seres. Enquanto temos a consciência do sofrimento e sentimos nossas perdas, Deus vai nos aperfeiçoando nas nossas faltas e carências.

Recomendo os dois: tanto o filme, quanto o livro.

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