quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ser ou parecer ser?

Há uns 5 anos caminhava com duas amigas minhas e debatíamos sobre a importância de ser ou parecer ser. Lembro-me que elas tentavam me convencer de que o mais importante era ser. No entanto, com uma retórica espetacular e com uma força de espírito tremenda as convenci de que parecer ser era o mais importante, pois apenas o ser não levaria muito longe.

Os idos de 2005 era tempo de muito estudo para mim, vivia as voltas com Maquiavel, Hobbes, Rousseau, entre outros. Tinha a força do pensamento social de séculos a meu favor e a disposição diligente do meu espírito para buscar os problemas da alma humana. Conseguia equilibrar bem intelecto e emoção, ciência e religião, razão e fé.

Passado-se os anos, e olhando cada vez mais para dentro de mim, me convenço de que o mais importante é ser e não parecer ser.

Hoje sinto, muito mais do que penso, que felizes são aqueles que estão com suas verdades bem estabelecidas, vejo que as pessoas que tem o interior bem firmados suportam mais os desafios da vida, observo que os fortes são os que acreditam e não os que raciocinam.

“Temos que ser, antes de dizer. Temos que viver, antes de mostrar. Temos que falar a Deus antes de falar aos homens. Temos que reter a Palavra, antes de ensiná-la. Temos que adornar a doutrina que professamos com uma vida irrepreensível”.

Pela manhã meditei sobre o primeiro homicídio entre Caim e Abel, que me levou ao texto de 1 Sm 16:7b
“O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração”.
Pensei também que todo o ensinamento de Jesus se concentrou na disposição interior, mais do que com a conduta exterior (note a essência do sermão do monte Mt 5 a 7).

E essas passagens me levam a crer que Deus está mais preocupado com o meu ser, com a minha disposição interior diante da vida, com a centralidade da minha existência e minha missão aqui, do que o que as pessoas estão achando de mim, o que eu represento para as pessoas, quais são as minhas obrigações (ops. Não estou dizendo que isso não seja importante).

Desse modo, a essa altura da vida tenho me convencido que ser é mais importante do que parecer.

Nesse sentido, devo orar mais e falar menos.

2 comentários:

  1. Uau! Realmente valeu mais a pena do que passear com a minha cachorrinha! auhauha =)

    mas concordo muito com você, até na psicologia, a forma como operamos a psicoterapia, por exemplo, vale mais o ser do que parecer ser, porque afinal, todo mundo sabe um pouco se o que fazemos é realmente aquilo que acreditamos!

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  2. Gostei do texto.
    Estou seguindo !

    http://fugaadarealidade.blogspot.com/

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